Repórter do G1 viajou para Moscou a convite da Kaspesky Lab e entrevistou o CEO e fundador da empresa.
Resumão da entrevista com Eugene Kaspersky:
- Diz que espera que uma ciberguerra nunca aconteça e que ciberarmas são inovações perigosas.
- Repórter pergunta a Eugene se algo o faria mudar de ideia em relação ao lado do jogo, ou seja, se em ao invés de defender, poderia atacar.
- Eugene diz que não vê motivos para mudar de lado, que trabalhar com segurança digital não é apenas um negócio, mas é a sua vida.
- Aponta os cibercriminosos brasileiros como os líderes mundiais de desenvolvimento de malware bancário. Diz que há alguns anos, os malware brasileiros era bem simples, mas a qualidade desses programas melhorou significativamente a qualidade. Inclusive, a análise de algumas amostras de ransomware sugere que programadores brasileiros têm participado no desenvolvimento.
- Diz que não é grande fã de Snowden, que não o conhece e nem pretende, apesar de reconhecer que delatores, até um certo ponto, fazem um trabalho importante, mas disse valorizar mais ainda a lealdade. Snowden não foi forte o suficiente para ser leal. Quebrou um contrato.
- Disse que não tem pressa para trabalhar com o Irã e Coreia do Norte, pois são países que sofrem sanções internacionais. Prefere trabalhar dentro das regras para manter a reputação que foi duramente construída.
- Ao ser questionado se prefere ganhar outro bilhão de dólares ou um Prêmio Nobel da Paz, disse que poderia viver sem os dois e a sua ambição é outra: o que importa a ele é manter o mundo seguro das ameaças do ciberespaço construindo seguras que o tornem inerentemente mais seguro.
A entrevista pode ser lida na integra, aqui.