Durante o Congresso Mundial de Celulares (MWC) em Barcelona, o CEO da Kaspersky Lab falou sobre as novas ameaças e os novos riscos para a estabilidade do mundo, tais como ataques cibernéticos nas eleições e atos de ciberguerra.
Resumo da Entrevista publicada no site da IstoÉ Dinheiro.
- Logo no início da entrevista Eugene Kaspersky distingue um ciberataque contra uma eleição de um ataque específico a um determinado candidato a fim de obter informações comprometedoras que possam influenciar no resultado. Um ciberataque às eleições refere-se a um ataque aos sistemas informáticos eleitorais com o fim de mudar o resultado de uma votação. Ele admite esse risco, no futuro, à medida em que os sistemas eleitorais se digitalizam.
- A seguir, compara ataques contra infraestruturas de países com ciberterrorismo. Lembrou dos ataques contra a rede elétrica na Ucrânia, Internet na Estônia, hospitais ou a petrolífera estatal Saudi Aramco.
- Diz que os governos têm consciência dos riscos que as infraestruturas críticas sofrem, mas nem todos estão agindo. Alemanha, Cingapura e Israel são exemplos citados dos que já fizeram algo.
- Destaca a importância de aplicação de normas internacionais e diz que trabalha neste sentido, tentando convencer os Estados.
- Diz não acreditar muito na possibilidade de uma ciberguerra envolvendo Estados. Os países, segundo ele, temeriam sofrer retaliações. Admite que a sua percepção por estar equivocada. O verdadeiro risco provém, acima de tudo, do ciberterrorismo. Há engenheiros talentosos e dispostos a realizar esses tipos de ataque.
- Até o momento, diz que que as ameaças mais sofisticadas envolvem principalmente a cibercriminalidade e a espionagem. O local de ondem partem atos cibercriminosos é difícil saber, mas é possível dizer em qual língua foram realizados. A ciberespionagem é feita sobretudo em inglês, russo e chinês simplificado.