Em recente artigo publicado pela Kaspersky, o especialista em segurança Stan Kaminsky abordou a crescente preocupação em torno da autenticidade e origem de fotografias e vídeos, destacando o impacto do avanço da inteligência artificial generativa (IA) no surgimento de deepfakes altamente convincentes. A proliferação dessas falsificações visuais tem ampliado o problema das notícias falsas e fraudes cibernéticas, onde imagens e vídeos são utilizados para enganar as vítimas.
Para lidar com essa questão complexa, Stan Kaminsky apresenta diversas abordagens para verificar a autenticidade de conteúdo visual. Ele explora ferramentas de busca reversa de imagem, análise de metadados e técnicas de detecção de edições, como a análise de nível de erro (ELA) e o uso de ferramentas de detecção de imagens falsas.
Uma solução inovadora sugerida é a iniciativa da Coalizão para Proveniência e Autenticidade de Conteúdo (C2PA), que reúne grandes empresas da indústria de computação, fotografia e mídia para desenvolver um padrão de certificação digital que permite rastrear a origem e autenticidade das imagens. Esse sistema, baseado em criptografia de chave pública, visa fornecer aos usuários informações detalhadas sobre a história de criação e edição de uma imagem, tornando mais difícil a disseminação de conteúdo falso.
No entanto, o autor reconhece as limitações naturais dessas soluções e ressalta que a implementação generalizada de imagens certificadas digitalmente levará tempo. Ainda assim, a expectativa é de que, com o tempo, a verificação de imagens se torne uma prática comum, aumentando a confiança do público e dificultando a disseminação de falsificações.